quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Talvez não seja nem questão de amor, talvez seja apenas uma chance a mim mesma que eu resolvi não refugar dessa vez. Uma chance de sentir na pele o calor que alguém pode te passar, de não tentar refugiar-me em mim mesma e fehcar-me para o mundo fétido lá fora. Porque se você for tentar se jogar nele, verá que nem tão fétido assim ele é. Mas não posso negar o fato de que foi você que me convenceu a isso, você que me convenceu que talvez a luz no fim do túnel não fosse assim tão utópica.
Estou expurgando um demônio por dia, meus medos estão quase todos no fim. E quanto a isso eu não tenho o que justificar, não tenho porque explicar ter deixado de lado o que me impedia de ver você. E esse é meu refúgio para não admitir que não haja explicação. Que tudo não passa de acaso. Que o acaso sempre me salvou e dessa vez não seria diferente. Mas não. Sinto-me mais confortável talvez se falar em destino.
As folhas continuam a cair sem vida, o vento continua a matar minha angústia, me faz respirar melhor. As cores no céu não me lembram nada além dos seus olhos. Eles têm mil cores agora. Eles são mil coisas agora, em mim. Mil vidas fundem-se em uma só, e talvez boa parte delas sejam minhas. Sempre fui tudo o que quis ser, e agora não é diferente exceto por eu querer ser tudo com você. E as cores não saem da minha mente, as cores que você trouxe dão impressão de que nunca mais irão descolorir minha vida.