quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

E isso tudo devem ser provas que uma força maior está colocando no nosso caminho. Provas essas que vamos passar e que nos servirão de alicerce, quando as dúvidas chegarem, se elas chegarem.
Mas o fato é que estou sem chão, mais perdida do que jamais estive e é assim que estarei sempre enquanto tu estiveres a alguns quilômetros daqui. A falta que eu sinto da tua respiração pesada se misturando com a minha é inexplicável, tanto que até dói. Tantas coisas vão mudando na minha vida aos poucos, até mesmo sem eu perceber, alguns ideais e crenças que levo comigo há um bom tempo, acabam sempre voltando à tona, me fazendo ver que eu não posso parar no tempo.
Mas como? Como vou evitar que ele não pare de correr constantemente se quando penso na minha vida contigo, ele para. Ele para e se nega a voltar a correr. O tempo sempre me fugiu ao controle, ou ele é rápido demais ou é lento demais. Nunca me dei bem com ele e agora não é diferente, a única diferença é que agora – tanto faz. Tanto faz se dez anos passarem como um filme de uma hora e meia, ou se uma hora e meia demorar dez anos pra passar – porque eu sei que seja lá que caminho o tempo tomar, tu estará nele, e estará comigo, pro que der e vier , assim como eu, vou estar contigo.
E todas essas provas, eles estão aí pra nos dizer algo, estão aí pra comprovar o bem que a gente constrói sem nem sequer notar. Somos tão iguais que até dá medo, mas é um medo curioso, de descobrir todas as partes do mundo com alguém tão eu. Tão eu que já faz parte de mim, tão eu que não há vida na distância. É uma forma de refugio, é proposital essa falta que me assola, me gela por dentro, pra depois derreter aos poucos, enquanto sinto a vida voltar, enquanto volto pros teus braços.
Acho que quero passar o resto da minha vida só contigo, sem o resto do mundo








*Tem alguma coisa me encomodando, não sei dizer bem o que, e nem faço idéia, nem quero fazer. /sai nuvem negra