terça-feira, 20 de janeiro de 2009


E as horas no domingo se arrastam como um animal gosmento e detestável. As horas na segunda pareciam ser feitas de elástico. Hoje, estou tão dormente que nem mais as sinto parar, muito menos passar.
Olho o relógio e finjo que enxergo algumas horas a mais , tento me enganar pra enganar o tempo. Mas nunca funciona, minha consciência não gosta de cooperar. Já pensei em tornar-me inconsciente batendo a cabeça na parede, ou apelando para literatura brasileira. Mas nada disso funciona , conquanto.
Mas sabe que já começa a surgir em mim, aquele fragmento de luz, aquela faísca de calor, pois o dia de te ver, te tocar, te sentir, se aproxima. Os últimos dias foram melancólicos demais para eu poder me reacender, mas com a idéia da tua presença mais uma vez aqui, algo começa a queimar por dentro. Mando os dias melancólios pra puta que os pariu, e vejo sol e luz por entre chuva e neblina.
Ando um pouco poética demais, entendida demais e confiando demais no mundo. Olha só - é você, ouvi passos e a porta rangendo.
Ou então, mais uma ilusão, mais uma alucinação esquizofrênica criada pela minha cabeça, pra me fazer perder-me em nossos momentos - outra vez. Mais um vício na minha vida, mais um vício sem volta. O único que até hoje , só me fez bem.
Perderia a cabeça por você, usaria minhas tendências homicidas sem culpa por você. Viveria enclausurada, apenas te esperando. Parece desesperado, parece aterrorizante, mas é apenas - bonito.


Ps: Veeeenkkkk me salvar, porra.