quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


Ando lutando contra a paranóia mais do que jamais precisei lutar. Sempre consegui viver com ela, mas to aprendendo que com o amor vem o medo de perdê-lo, e isso se torna mais forte em mim a cada dia, e sei que se isso não for dominado, pode estragar tudo.
Mas a idéia de um futuro vazio me assusta, saber que eu sei esperar que posso agüentar é algo aterrorizador, e pensar que dúvidas sobre se nós dois vamos agüentar existem, elas andam me assolando junto com a chuva que não pára. Pode parecer bobagem, e eu mesma sei que o é, mas o medo é real e eu ainda não aprendi a lidar com ele. Conviver com a certeza e a dúvida ao mesmo tempo, oscilando com meu humor, têm sido difícil nesses dias sem você, enquanto lá fora o mundo vive eu me tranco no imaginário, me emtrego à esquizofrenia pura, deixa que tome conta de mim. Um dia eu aprendo a conviver com meus medos, e não deixar que eles me dominem tanto que pareçam realidade.
É difícil decidir coisas quando se sente que um caminho é melhor quando a lucidez diz que é o outro. Correr riscos faz parte da vida, mas eu ainda não me sinto preparada pra isso, descubro agora que adrenalina só serve para montanhas-russas em um pacato parque de diversões. A vida às vezes se transforma em um, mas nesses dias melancólicos, sem tu aqui pra me confortar com o olhar, eu não sinto mais vontade de rodar nessa montanha. Não sinto coragem suficiente pra arriscar.
E tenho medo que tudo isso se torne uma obsessão.
Em tempos passados eu gostava e até bastante dessa inconstância, desses medos que eu mesmo crio, que criam problemas. E não é em questão dos meus sentimentos, eles não mudam mais agora, eles serão pra sempre teus. Na verdade, é só em questão de eu tentar quebrar a monotonia.