segunda-feira, 27 de abril de 2009


Tenho tido essa mania nos últimos tempos, de escrever sobre a gente olhando pra uma foto nossa. Não sei se isso me deixa mais calma pra por em palavras meus sentimentos, ou me excita ainda mais. Aquela alegria vem subindo pela garganta, enquanto nos vejo imortalizados em um papel, os sentimentos congelados naquele momento - fotografias são mesmo mágicas.
Vem subindo um grito desesperado, um grito silencioso, enforcado - VOLTA! - não me deixe mais ir embora.
Mas eu tenho que ir - eu sempre tenho que ir. O dia em que nunca mais pisaremos naquela plataforma outra vez, está cada vez mais perto, mas eu te sinto cada vez mais longe à medida que as rodas avançam.


Chego em casa, abro a janela, deixo fugir seu cheiro antigo, enquanto o que trago comigo entra e impregna mu quarto. Olho os carros na rua, imagino quantos deles tem alguém pra amar como eu tenho, imagino quantos deles tem a minha sorte.


Logo voltarei, e tu logo voltará também. Me espera que eu tô te esperando.