sexta-feira, 17 de abril de 2009


E agora tu já deves estar a caminho, e essas próximas poucas horas são as mais longas de todas, toda a espera se resume na ansiedade que essas últimas horas sem ti aqui trazem. Mas dessa vez é uma carga positiva, é tudo que eu posso aguentar, e é o que eu gosto de sentir.
Enquanto sei que tu vens, fico aqui sentindo o alívio que isso me traz, alívio de saber que meu dever foi cumprido, que aguentei mais uma semana, talvez nem sempre da maneira certa, talvez nem sempre fazendo o que tu esperavas de mim, mas aguentei, sem nem sequer pensar em desistir, nem uma única vez, nem por um momento sequer - e agora vem o meu "prêmio" - aquele que vale mais do que qualquer coisa na minha vida - estar ao teu lado.
Tudo que eu ouso falar aqui soa repetitivo, cada vez em intensidade maior, mas isso é porque é sincero. É sincero justamente porque é repetitivo, meus sentimentos sobre ti não mudam, podes tu fazer o que quiser, me proteger de tudo ou me rasgar por dentro, meus sentimentos serão os mesmos, cada vez maiores.


E quando lembro que pensei que não havia nada que pudesse ser feito, pra esse aperto da saudade ir embora, me envergonho. Fico tão perdida quando te deixo ir que fico cega. Como já dizia um bom e velho compositor gaúcho - nada é uma palavra esperando tradução.
Cada um a traduz como quiser, e a minha tradução para nada, é pensar no que passamos, é perceber que nem tudo está como realmente queríamos, mas isso não é motivo para acharmos que as coisas não estão bem, ou não são suficientes.
Eu fui fraca em deixar aquela nossa velha certeza se esconder atrás daqueles meus velhos medos. Mas voltei com força. E é assim que pretendo ficar.