quarta-feira, 18 de março de 2009

A gente nunca acredita que a solidão faz mesmo parte da nossa vida até acordarmos no meio da noite, ou pela manhã, e não enxergármos do nosso lado a pessoa que amamos, que nos salva todos os dias. No meu caso, passei a entender o que significa solidão, duas noite atrás, ao acordar de madrugada tentando sentir novamente o som da tua respiração pesada, no teu sono tranqüilo - e estou tentando achar até agora. Tentando me esquecer que esse som não está aqui, que foi embora contigo deixando aqui o silêncio devastador, gélido - a minha própria respiração doída e sem sentido.
Lembrar da minha mão apertando a tua, tu respiração no meu rosto, teu calor na minha pele, só não é doloroso porque sei que terei isso tudo novamente- e sem demora, logo. Nessas horas que eu admito que a solidão é bonita, que o amor é bonito, que nos faz acordar no meio da noite pensando em alguém, se importando com alguém.
As tardes antes de partir, que passamos deitados, falando frases às vezes supérfulas, outras vezes reveladoras, olhando um pro outro, gravando cada pequeno detalhe um do outro - essas tardes me fazem viva, me fazem ter força e coragem para voar, por nós. Me sinto leve, me sinto sua. Amém.
E esse já tão conhecido meu - o aperto no peito após tua partida - ele traz um misto de pavor, amor, vitalidade, felicidade e paz - e até mesmo tranqüilidade - me deixa pronta pra quando tu tornar a bater em minha porta outra vez. Pronta pra viver.





Postar aqui me faz falta, mas os recursos se foram por enquanto.