quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009


E os dias estão fugindo do controle. Me pego fazendo coisas e me admiro, pois não notei o começo delas. Me pego assistindo programa de cura de milagres na TV, pensando apenas em estar longe daqui. Rio de tudo ou choro por tudo, minhas emoções estão todas no ápice, todas são extremos. Ando vivendo de extremos, ou como demais ou como quase nada, ou durmo demais ou deixo minha cabeça explodir de dor. Está sempre doendo, assim como meu corpo todo, por eu fazer absolutamente nada pela minha vida nesses dias que não te tenho aqui.
Mas me sinto viva, me sinto viva com minhas dores, emoções a flor da pele e minha reclusão à pessoas. Fecho-me nesse mundo vazio, chuvoso, frio e sem sentido e só me abro quando é você que bate à porta. Venha, chute-a, exploda-a, destrua-a e me salve. Parece que estou caindo num abismo sem fim, estou flutuando no tempo, vendo ele passar por fora e rindo da minha cara.
Porém, quando chega a hora de ver você, vem com ela a hora de viver novamente.
Nessa hora que tudo no mundo importa, desde as guerras na África ao aquecimento global, tudo faz sentido, tudo gira em torno de nós dois.
Mas essa hora chega aos poucos, e a falta que vai fazendo, vai me matando aos poucos. Mas tudo bem, é morrendo assim que vejo aos pouvos - que estou viva, viva por você. Enquanto nossos dias, nossos planos, os novos e os velhos não chegam, ponho-me a escutar e compreender as músicas tristes no rádio. Ponho-me a competir com elas, quem é mais triste? Quem sofre mais?
Os outros dizem quem é inútil, sentir assim, punir-me assim. Mas já dizia Elton John, as cancções tristes dizem muito. Sobre qualquer um.


E sobre nossos mais novos planos, as cartas estão na mesa, o caminho foi traçado, falta apenas seguí-lo. Por mim, já estou nele. Tantos dias de espera e confusão, pra se traçar um objetivo concreto, que vai nos guiar até o fim, até tornar-se real. Espero por isso como jamais esperei por outra coisa.
My origin of love, B.