O pote de ouro no final do arco-íris não paga aquilo que se têm de passar para chegar lá - os amigos que se faz, os amores que se sente e as lições que se aprendem. Prefiro viver sempre na ponta do abismo com medo de cair e me espatifar no escuro - na desilusão - do que já saber que tudo estará bem no final e "viver" morta. Quero é descobrir, e levar quem eu gosto junto nessa descoberta.
O outono vai trazendo suas folhas ao chão, mas eu continuo aqui, em pé, pendurada na minha corda bamba no meu abismo, lutando entre a curiosidade de cair e encontrar o que se esconde lá embaixo, ou me equilibrar e chegar até o final da corda.
Só eu que sei - mesmo que pense que não saiba.